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Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

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Disputa pelo comando do MPDFT

» ANA MARIA CAMPOS - CORREIO BRAZILIENSE Seis candidatos concorrem amanhã à eleição interna do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para escolha de uma lista tríplice a ser encaminhada à presidente Dilma Rousseff. A atual procuradora-geral de Justiça do DF, Eunice Amorim Carvalhido, nomeada em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concorre à recondução para mais dois anos de mandato. Terá como concorrentes o procurador Eduardo Albuquerque e os promotores de Justiça Eliane Gazola de Souza, Jairo Bisol, Maurício Miranda e Ricardo Antônio de Souza. Na noite de ontem, eles participaram de um debate realizado no nono andar da sede da instituição. Trataram de questões relacionadas à estrutura de trabalho de servidores e promotores adjuntos, nos primeiros anos na carreira. Como os eleitores são os próprios colegas, o debate foi muito voltado a questões internas, como formas de motivar os integrantes do MPDFT. Também houve uma defesa da aproximação da instituição com a população. Os candidatos puderam fazer perguntas entre si, com possibilidade de réplica e tréplica. O encontro incentivou poucos promotores. Apenas cerca de 30 dos 372 integrantes dos quadros do órgão acompanharam as discussões. Eunice Carvalhido assumiu o comando do Ministério Público num dos momentos mais conturbados da história da instituição, como sucessora de Leonardo Bandarra, afastado das funções por força de decisão do Conselho Nacional do Ministério Público, sob acusação de vários crimes a que responde no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. Nos dois anos de mandato, ela evitou uma grande exposição pública e tentou trabalhar internamente para pacificar os grupos adversários. Nesse período, o nome de Eunice chegou a ser cogitado para uma das vagas do Supremo Tribunal Federal (STF). Dilma, no entanto, acabou nomeando para o cargo a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Rosa Weber. Experiência Entre os candidatos, Maurício Miranda e Eduardo Albuquerque têm grande experiência na corrida eleitoral do Ministério Público do DF. Nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000, Albuquerque foi procurador-geral de Justiça do DF num único mandato. Na eleição seguinte, em 2002, não integrou a lista tríplice escolhida pelos colegas e perdeu o posto para o procurador José Eduardo Sabo Paes, hoje no páreo para assumir a vaga do MP no quinto constitucional do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em outros dois pleitos, Albuquerque esteve na lista dos três mais votados, mas perdeu em 2006 e em 2008 para Bandarra. A surpresa é a candidatura de Jairo Bisol. Um dos nomes do Ministério Público do DF mais conhecidos externamente, ele atuou nos bastidores em outras eleições. Agora, decidiu se apresentar diretamente. Ele foi um dos mais combativos críticos à atuação de Bandarra quando vieram à tona as denúncias da Operação Caixa de Pandora. Com conexões políticas, tem chance de ser nomeado caso passe pelo crivo dos colegas nessa primeira fase. O cargo de procurador-geral de Justiça é cobiçado pela importância. O chefe do Ministério Público tem a competência exclusiva para ajuizar ações criminais contra secretários de Estado e deputados distritais. Tem também a prerrogativa de escolher a equipe responsável pelas investigações nas áreas nervosas do Distrito Federal, como combate às organizações criminosas. O mandato é de dois anos, com possibilidade de recondução. Radiografia Membros: 372 Servidores: 1.458 Procuradorias: 39 Promotorias: 268 Orçamento (2012): R$ 436 milhões Bem votado O promotor Leonardo Bandarra comandou o Ministério Público do DF entre 2006 e 2010. Nas duas eleições, ele foi o mais votado na classe e nomeado pelo então presidente Lula. Com a Operação Caixa de Pandora, ele se tornou alvo de denúncias. Responde a quatro ações penais. Quem é quem Eunice Amorim Carvalhido Está no primeiro mandato como procuradora-geral de Justiça do DF. Uma das idealizadoras da criação das promotorias de Defesa do Patrimônio Público, de Meio Ambiente e de Defesa da Ordem Urbanística, está na carreira há 23 anos. Foi presidente da Associação do Ministério Público do DF. Eduardo Albuquerque No MPDFT há 28 anos, comandou o órgão entre 2000 e 2002. Participou de todas as eleições para procurador-geral de Justiça na última década. Em 2000, 2006 e 2008, esteve entre os três mais votados Eliane Gazola de Souza Atua na 4ª Promotoria Criminal. Está na carreira desde 1991, quando passou no concurso numa disputa com 1,5 mil candidatos, aos 45 anos, seis anos depois de deixar a vida de dona de casa, dedicada ao marido e aos filhos, para estudar direito. Jairo Bisol Filho do ex-senador José Paulo Bisol (PSB-RS) — vice na chapa de Lula em 1989 —, Bisol é promotor de Justiça há 17 anos. É titular da 1ª Promotoria de Defesa da Saúde, onde defende o modelo público eficiente de gestão. Foi um dos mais críticos à atuação de Leonardo Bandarra Maurício Miranda Na carreira desde 1991, atua no Tribunal do Júri de Brasília, já foi presidente da Associação do Ministério Público do DF. Participou de julgamentos de grande repercussão, como o dos jovens que mataram o índio Galdino. Atua na denúncia do crime da 113 Sul contra Adriana Vilella, filha do casal assassinado. Ricardo Antônio de Souza Há nove anos no MP, ficou conhecido ao atuar nas investigações e ações contra fundações da Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, está na 2ª Promotoria do Tribunal do Júri de Planaltina.

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A AMPDFT foi instituída com principal objetivo de lutar pelos interesses dos membros da instituição Ministério Público, pois a mesma não tinha uma entidade de classe para representá-los.

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