Dia da Liberdade de Imprensa é comemorado hoje em todo mundo

fonte - Isto É! O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é celebrado nesta quinta-feira (3) em diversos países para destacar o papel do comunicador no mundo, defender a mídia de ataques, preservar sua independência e prestar uma homenagem a jornalistas que perderam a vida no exercício de sua profissão. Em discurso, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, ressaltou a ameaça sofrida pelos profissionais da comunicação.

“A nova temporada de violência contra a imprensa na Itália, na Europa, no mundo, além do reaparecimento da agressão e intimidação ameaçam o trabalho desses jornalistas que se dobram à lógica do interesse e poderes ilegais e da criminalidade, trazendo assim uma importante contribuição à causa da democracia”, disse. Na capital italiana está prevista uma cerimônia em memória dos jornalistas mortos por causa da profissão e vítimas inocentes da máfia. A homenagem acontecerá simultaneamente com outras celebrações realizadas em colaboração com a ONU em todo o mundo.   

Pelo menos 29 jornalistas e operadores de mídia foram mortos no mundo desde o início de 2018, sem incluir os nove que morreram durante o duplo atentado no Afeganistão, de acordo com dados da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).   

No relatório publicado na semana passada sobre a liberdade de imprensa no mundo, o Afeganistão ocupa o 118º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa. “Os jornalistas do Afeganistão são os mais corajosos do mundo.   

Trabalham nas condições mais difíceis, são ameaçados, intimidados, simplesmente porque fazem seu trabalho”, afirmou em um comunicado o diretor adjunto da Anistia Internacional para o sul da Ásia, Omar Waraich. Desta forma, a ONG de Paris também informou que recorreu às Nações Unidas para “enviar um forte sinal à comunidade internacional e aos protagonistas locais, nomeando um representante especial para a proteção de jornalistas”.   

Em 2017, os jornalistas mortos no mundo foram 65, um pouco abaixo dos 79 registrados no ano anterior. Entre os repórteres mortos no ano passado, haviam 50 profissionais, sete blogueiros e oito colaboradores.   

Em parceria com a Unesco, a RSF publicou um guia prático em diversos idiomas para a segurança da mídia que opera em áreas de risco. O documento está disponível online gratuitamente. (ANSA).